quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O POETA QUE NUNCA MORRE



O POETA QUE NUNCA MORRE
21 de agosto é o dia em que o rock perdia o seu mais autêntico porta-voz, Raul Santos Seixas: pancreatite, cachaça e solidão. Quando o único rock aceito no Brazil era o inglês e o americano, Raul o fundiu com ritmos como o xote e baião e inventou a salada musical que hoje todo mundo faz, come e diz que inventou. Raulzito ajudou a criar a identidade do rock brasileiro com letras que fizeram despertar muitas cabeças. Exatamente por este carisma que nós, fãs, sentimos a necessidade de não deixar que sua obra caia no esquecimento, fazendo com que mais pessoas entrem em contato com seu trabalho e percebam o conteúdo.
O Maluco Beleza foi um lobo solitário na estepe do rock‘n’roll. Acontece que Raul não era de fazer concessão e ninguém foi tão roqueiro, anarquista, visionário, iconoclasta quanto ele próprio. Mesmo já tendo partido, continua a nos brindar com novos trabalhos. Muitos de seus livros já foram reeditados contando sua vida, os discos reeditados e todo ano também tem romaria no dia de sua morte. É triste constatar que o baiano vende mais discos agora depois de morto. Mas, como todo roqueiro que morre cedo, Raulzito virou mito e sabe-se lá quantas vezes ainda vai renascer das cinzas para desexplicar o que todo mundo explica...





(Alex Contente)

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