domingo, 24 de novembro de 2019

CENA INUSITADA

Agora há pouco, a polícia militar para em frente de casa, fortemente armada, para fazer uma abordagem de três elementos suspeitos dentro de um carro. A rua para, a vizinhança para, meu cachorro também para, e até a mulher na cozinha para tudo, correndo para ver o que estava acontecendo lá fora; enquanto eu deitado na rede paro também por alguns segundos para depois sair correndo feito um típico cearense fofoqueiro para assistir à tal perseguição, que fez todo mundo parar. E não mais que de repente, na força e direção, já estou lá eu no portão de casa só de cueca, observando toda a cena frenética diante dos olhos dos policiais, de onde um deles (encabulado com minha presença, digamos, de forma inusitada), e com um fuzil de mais de um metro em mãos, me olha com um olhar perdigueiro de quem diz: vai vestir uma bermuda, rapá, senão te levo como desrespeito à autoridade, o que percebo sem muito esforço de clarividência, obedecendo de prontidão -, correndo disparado feito Usain Bolt e fraco como o Corcunda de Notre Dame, pra se espichar de volta à velha rede de punho frágil, de onde eu não deveria jamais ter me separado...
Égua... Tedoidé!!!

by poeta Alex Contente

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

E DAÍ?

Eu sou de Belém do Pará
Minha terra natal além de mim
Mas estou no Ceará, o que é que há?
Só quero descanso e paz pra alma.

Não tem nenhum engano nem mistério
O céu espetacular divinamente é o mesmo
E o nosso Deus dai-nos a paz soberana.
O arco-íris faz parte do trem, todos têm.

Claro que também sei ser bem escroto
De perto todo mundo tem paranoia
Adoro leite mas tenho sangue de limão
Tenho amigos que são realmente irmão.

Só abro a cabeça para que tudo floresça
Neste caminhar mais que escuro e tenebroso
Minha vontade é soberana como o espaço
Não duvido de mim, sou mais que livro.

Pois, só assim, terei muito o que contar
Que nunca estive sozinho
A poesia e a aventura desenham
Meu coração eterno com toda razão
Profunda de viver e sonhar com toda
palavra o modo de pisar no chão...

Sim, estou por aqui, e o que é que há?
Ainda que não há sentido mas sinto que
Faz parte do meu mundo todo dia.
E eu estou e sempre estarei por aqui.

poeta Alex Contente

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