quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Ave, poesia!

Na poesia colocamos em prática aquilo que a alma extravasa no corpo, aquilo que já não suporta mais. Seja em prazer. Seja em dor. Uns, com o poder mais refinado; outros, com poderes mais brutos; uns, mais mares; outros, menos rios; uns, mais líquidos; outros, mais sólidos; e há outros mais gasosos; assim como há também outros mais fumaça do que fogo. Há àqueles que morrem sem poesia, assim como os que morrem por ela.

O poeta é mesmo um fingidor - declarava o poeta português Fernando Pessoa - e assim como muitos já tiveram contato com outras poesias, o próprio também já tivera um dia contato com obras de outros poetas inspiradores. A poesia existe na alma justamente para aliviar, presta por ser imprestável, seduz na arte. O poeta precisa às vezes fingir a alma de prazer para que a essência que se preze tenha o rabo copiado. Quiçá adorado.

(Alex Contente)

domingo, 28 de outubro de 2018

ELEIÇÃO

Dirijo e vejo muito RADAR a rondar; meto a mão no BOLSO e... NADA. Resultado: continuo não votando!

(Alex Contente)

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

THE SUN

Os dias voam
As horas correm
Os sonhos decolam
E a saudade flutua
Dentro da alma
Assim como o Sol
Que arde e aquece
alumiando o coração...

(Alex Contente)

sábado, 13 de outubro de 2018

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

SAUDADE

Não estou sozinho etc.
Mas a saudade é grande
Quero ver se volto pra ontem
Pois sou um menino da vida
Não estou na cidade de Belém
E isso me parece um desafio
Mas a saudade é muito grande
Pois sou filho da esperança
Das curvas dos caminhos
De cada pensamento
Meu pai se chama sei lá
E a minha mãe, inocente
Ambos, doce sentimento
De um pedaço de mim
Eu sou homem livre, solto
Cheio de sonhos, devaneios
Nas ruas do Guamá fui criado
Mas hoje eu sinto saudade
De tantas coisas passadas
Talvez por isso falte um pedaço
Quem bom que existe o amor
Quero ser sempre o presente
Esquecer o passado, já assado
E continuar sendo um sonhador...

(Alex Contente)

terça-feira, 25 de setembro de 2018

VIDA COMBATENTE

A vida é uma combatente
Oh meu Pai, ela é frágil
Com dor no peito e tudo
Mas convicta simplicidade
De ternura, fé e comunhão
Uma poesia, filha de Deus.

(Alex Contente)

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

De repente, mais uma poesia na vida

Quando criança nunca sonhei que chegasse nesta idade. Ou que pelo menos chegaria perto. Tomei muito porre. Chorei demais. Briguei muito. Casei. Descasei. Casei de novo. Que eu seja mais cheio de sonhos que os 12, mais intrépido que os 18, mais cheio de vida que os 30, mais, muito mais. Cavalgo confiante (onde posso ser inconfessável mesmo) com bolo, com poesia, e com mais loucura n'alma inquieta...
Feliz poesia pra mim. A festa só começou.


Cortando uma fatia de quase tudo aquilo que vi e vivi
(Alex Contente)

domingo, 12 de agosto de 2018

domingo, 5 de agosto de 2018

ORAÇÃO A DEUS


Oh Deus
livra-me de tudo aquilo que
aborrece
entristece
enlouquece
adoece

Oh Pai
Que teu filho saiba compreender
Perto ou distante
O poder de adorar-Te
De corpo aberto
Em Teu nome

Oh Deus, oh Pai
livra-me de tudo aquilo que
maltrata
embriaga
envergonha
inferniza

Oh Deus-Pai
Conduza essa oração
Sentida de tanto coração
Onde a Tua graça reina
Na morada do céu 
Do imenso amor.

(Alex Contente)

segunda-feira, 30 de julho de 2018

sábado, 28 de julho de 2018

SEXTO SENTIDO

O sexto sentido permite à mulher muitas coisas; já no homem, coitado, não faz sentido o numeral ordinal porque ele é o último a sentir...
(Alex Contente)

sexta-feira, 27 de julho de 2018

A PUTA QUE PARIU

A puta que pariu o gato
no suspiro da fossa
ficou presa no esgoto
Então sua carniça foi atirada ao lago 
onde boiava um rato
morto pelo chumbinho
Duas caveiras se ossam ao trepar
em cima dum telhado de zinco quente
aonde o gato mama a tia,
a vaca dá pro brejo,
o boi muge em cima da vaca, 
o grilo canta o burro a dar sem zurrar,
a hiena chora na vara do urso,
corvo crocita meter na tigresa,
abelha zumbi com o zangão no cu,
enquanto o rei leão ruge em cima
da submissa leoa
Puta que pariu de bicharada,
lá se vai o camundongo fudendo
a vala por 10 dias...

(Alex Contente)

sábado, 14 de julho de 2018

SONETO, SOU NETO


Das lembranças fiz um barco à vela, onde vou navegando definido, aqui e ali, sobrevivendo do coração que se esbalda de tantas saudades...
(Alex Contente)

quarta-feira, 11 de julho de 2018

quinta-feira, 5 de julho de 2018

DA SÉRIE DE FRENTE COM O CONTENTE: FERREIRA LÚCIA

A pergunta vai para à amiga missionária, já que todos temos para o bem ou para o mal (seja na criancice, na adolescência ou até mesmo depois de adulto), alguns traumas que carregamos para o resto da vida...

Fique à vontade, amiga, para queimar de uma vez por todas, com as chamas da superação, os traumas que te acompanham desde a infância.

ALEX CONTENTE: Se por acaso existe, diga-nos qual é o trauma que acompanha você desde criança?

FERREIRA LUCIA: Não amigo, trauma não, mas sim,muitas lembranças boas como, cheiros sabores e boas brincadeiras, ah !! E um susto mas que não se tornou trauma apenas risadas,um boi entrou em nossa cosinha bjss

(Alex Contente)

quarta-feira, 4 de julho de 2018

COISAS DO COTIDIANO

Voltando pra casa
numa lotação espremida
até a alma,
a turma chora sofrência.
Enquanto os automóveis
disputam vagas no sinal
vermelho, as barrigas
abrigam tatame para
destruidoras lombrigas.
E cada passageiro com
sua solitária pra lá de
acompanhada.
Longe de qualquer -
mas qualquer mesmo -
cagada feliz...

(Alex Contente)

segunda-feira, 2 de julho de 2018

sábado, 30 de junho de 2018

Alma que cutuca

Daquelas bem apurada de saber tudo acerca de tudo. Como é que se pode receber uma 'cutucada' de alguém que já morreu? Será que essa alma está insatisfeita com minhas postagens virtuais? O que essa alma de lá quer tanto da outra incauta e medrosa de cá? Será que essa alma achou que seria mais romântico cutucar com o espírito ligado ao corpo carnal? Quando digo que esse Face Fantasma também ocupa um espaço destinado às almas penadas ninguém acredita. E agora? Sei lá... só sei que agora me deu medo. Sentindo o pânico no ar, e com gemidos aguçados!, essa alma me deu medo, viu. Vixe!


(Alex Contente)

quarta-feira, 27 de junho de 2018

MORTE

A morte não espera a hora
Quando não é depois é agora
Pode atrasar mas não demora
Chega sem tempo de aurora
E nada se pode fazer por ora
Seja em morte morrida
Seja em morte matada.

(Alex Contente)

sábado, 2 de junho de 2018

FEIRA DE LER

Numa Feira de Livros há sempre muitos debates, encontros casuais, prosas estonteantes, poesias de cordel, literatura de todos os cantos e paixões, fora os passeios quase sempre atropelados em meio à efusiva multidão...
Mas, o que eu procuro numa Feira de livros?

1 - Comprar livros desses que não achamos em livrarias
2 - Encontrar vários poetas de corações alternativos
3 - Beber umas e outras depois da Confraria anual
4 - Encontrar uma porrada de gente inteligente à beça
5- E depois, curtir a Feira na rua que, sem dúvida, é mais literária que a oficial, sob as bênçãos da lua...

(Alex Contente)

sábado, 21 de abril de 2018

CORREIOS, AQUELA CORRERIA

Trabalhar nos Correios
É de uma correria só

É CDL pra lá
É malote pra cá

A triagem é no sensor
Quando não é no olho

Cuidado!
Nada pode dar errado
Para o carteiro que anda
junto da chuva e do sol

E o remetente, coitado, quase
Nunca sente quando o
Destinatário está ausente

E a recomenda sempre emenda
Entenda
Na demora da entrega de volta
Sem revolta...

(Alex Contente)


O poeta ladeado pelos amigos mots Mardônio e Douglas

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Belém, humilhada

Foto: Carlos Nascimento

Adoro a minha terra, mas fico muito triste (dá vontade de engolir o cordão umbilical marajoara goela abaixo) de governantes competentes de porra nenhuma, sem nenhuma condição de exercê-la, sendo amamentados por uma Belém sedenta de sonhos. Estão acabando com Belém, assim como querem destruir com as tribos indígenas que habitam a ilha de Marajó. Sinto pena da Belém, que muitas vezes nada parece ser o que é: onde o liberal é mais conservador que um monge medieval.

Belém, cada vez mais sugada por uma elite sanguessuga que vem de fora tirar proveito da cultura ímpar e singular e depois a devolve (sem sentimento ou qualquer emoção) num bisonho carnaval escroto. Belém, cujos políticos da própria terra se glorificam em honras de níveis comportamentais, mas usam o chicote da maldade para convencer o quanto é farsa a falsa da esperança realizada. Belém de cores alegremente tristes, na qual a sensação de felicidade é bem mais que a própria. Belém, onde a merda do sobrenome vale muito mais que o talento - e quem se atrever a ver diferente é brutalmente punido - sem dó nem piedade - com a rejeição, o abandono e a indiferença.

Eu amo a minha Belém, também amo o meu sotaque, mas vejo que as coisas não estão muito bem... Triste, muito triste.


(Alex Contente)

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