sexta-feira, 30 de junho de 2017

quarta-feira, 28 de junho de 2017

RAUL SEIXAS, 72 ANOS

Falar sobre o argumento do sonho? Talvez quem sabe aquela dúvida hiperbólica em comum? Mas o mundo hoje ultrapassou a barreira do som: escureceu além de um mistério (e em alguns lugares do Brasil choveu maluquice) de energia beleza. Apenas lembranças de um mito de gerações...
Há 72 anos nascia o pai do Rock brasileiro, o eterno Raul Seixas, um dos artistas de maior aceitação popular (quem mais além de Roberto Carlos consegue agradar públicos tão distintos?). Suas músicas continuam e nunca mais pararam de tocar.
Infelizmente, há pessoas (leia-se gravadoras) que pairam sobre seu cadáver para tirar proveito em cima de sua valiosa obra.
É triste afirmar isso, mas o baiano vende melhor agora. Mas como todo roqueiro que morre cedo, Raul virou mito e continua sendo uma das figuras mais importantes da música brasileira de todos os tempos.
E sabe-se lá quantas vezes ele ainda vá renascer das cinzas para explicar o que a gente pensava que havia entendido...
* Meus parabéns e um feliz aniversário lá no céu, meu amigo Raulzito. Que assim como você, se comparado ao curto sonho da vida, eu também tenho a certeza de que jamais me revelarei. E o melhor - onde nada é perdoado - não sou nenhuma ficção.

(Alex Contente)

sexta-feira, 23 de junho de 2017

AQUI E ACOLÁ

Não tenho pena pra coçar ouvido
Não tenho saco de ouvir político
Não tenho os discos do Dicró
Não tenho lixa pra rimar com lixo
Não tenho tempo pra cair na lama
Não tenho medo de nadar nas ondas

Vou andar no Centro
Lá é meu caminho

Não quero ser o dono do burro
Não sei mamar na vaca leiteira
Não tenho jumento como irmão

Vou mais pra longe
Se achar eu conto

Não crio abelhas pra não dá vexame
Não vou a médico pra marcar exame
Não quero saber se palavrão é doença
Não disputo racha nem discuto rixa
Não uso droga porque já é uma droga
Não venero livro de magia oculta

Vou andar no Centro
Procurar caminho

Não quero beber dessa bebida preta
Não quero tropeçar na casa dos quarenta
Não quero assobiar o lema da Matinta
Não quero uivar que nem um lobisomem
Não quero esfriar o tema com preguiça...

(Alex Contente)

quinta-feira, 22 de junho de 2017

POESIA ESPELHADA

Quando é lá fora
Dia claro de São Nunca
Da janela pra consolação
Antes da encantaria
Ficar me trouxe até aqui
Momento vício e boa sorte!

(Alex Contente)

quarta-feira, 21 de junho de 2017

ELA, A BARATA

Voa tipo kamikaze. Sozinha na aeronave domina o quarteirão: da geladeira pro fogão. Da cozinha pro banheiro. Do chuveiro pro quintal. Não é um batalhão. Mas suas asas dão ordens de como proceder na ocasião.

Perseguição aqui, monitoramento ali, os passos se perdem na tentativa de localizar a barateira descoberta. Até o detetive Dog é chamado pra ajudar. Mas o coitado não sabe por onde farejar a mina da casa.

Sem medo de guerrear, ela não dá trégua. O esconderijo é o reino da detenta, de onde sai cada vez mais aloprada. Cinco, quatro, três voos rasantes descomunais. A danada tira barato com todos.
(A dor de barriga impedia a dura correria generalizada...)

(Alex Contente)

sábado, 17 de junho de 2017

CENA DA CIDADE

A mãe porca sai da zona de conforto e dispara para o meio da pista, em meio aos velozes e furiosos carros. Com medo de perder a proteção da matriarca, os porquinhos filhotes correm atrás dela, perdidamente intrépidos, com medo da grande distância que os afasta dos sentidos maternais.

Mais à frente, um filhote de bode - perdido e também chamando pela mãe a todo momento - se junta à família suína. Já depois de reunidos no canteiro da avenida central, chega o jumento amigo para acalmá-los do perigo que passaram há pouco no violento trânsito, que não perdoa gentes tampouco bichos -, sofrendo cada vez mais as consequências devastadoras da maldade humana.

Mas agora, juntinhos, passado o susto, todos seguem felizes rumo ao destino debaixo do céu, sob os cuidados das mãos de Deus.

(Alex Contente)

quarta-feira, 14 de junho de 2017

PEDE PRA CURTIR

Existem certas coisas por aqui no Facebook que eu penso que é brincadeira, só pode.
Por exemplo, a pessoa posta uma foto - seja uma imagem de Jesus crucificado ou de uma criança enferma (pior ainda) - e manda compartilhar ou quando não pede que digite somente a palavra 'amém'. Superstição ou solidariedade?
E mais: têm aqueles atrevidos que publicam um monte de baboseiras no mural e, não satisfeitos, insistem que os amigos leiam até o final e depois cole e copie na própria página. Pode?
Isso não pode ser mais que santa penitência!!!

(Alex Contente)

segunda-feira, 12 de junho de 2017

PRA LEMBRAR NÓS DOIS

Somos cúmplices quando tua boca toca a minha... somos assim!

Me embriago nos teus doces beijos de boca molhada, tanto faz se é no Pará ou no Ceará... não importa, ao seu lado o nosso loop é sempre pai d'égua em qualquer lugar. Seu coração caiu do céu. Não, não digas nada, apenas vou gritar na rua pra lua ouvir. Te amo!!!!

quinta-feira, 8 de junho de 2017

DONA XEPA

Feira da poesia
Feira da palavra
Feira da saudade
Feira da amizade
Feira da bondade
Feira do destino
Feira do amor
Feira da gratidão
Feira da vida!

(Alex Contente)

quarta-feira, 7 de junho de 2017

QUEM SÃO ELES???

De dia são malandros.
Pulam cercas, invadem quintais.
De noite são pervertidos.
Se masturbam pra Lua.
São certeiros no pulo.
Gostam de brincar com baratas.
Adoram comer ração.
Fazem gaiatices no chão.
Não se intimidam com cão.
São livres, pobres, metidos, boçais.

(Alex Contente)

terça-feira, 6 de junho de 2017

Enquanto o dia dorme

A noite acorda estações:
É chegada às transações
Tempo gente
Bicho cio
Quente ou frio
Até agora...

(Alex Contente)

quinta-feira, 1 de junho de 2017

QUE DÓ(R)



Lembro todo dia de minha vó. Sei que ainda lembrarei muito dela. Lamento a falta que ela faz. E hei de lamentar hoje e sempre. Não quero saber o que vão achar disso. Só não vou deixar de pensar. Nunca. Não tenho medo. Assim também como não tenho vergonha desse negócio de gostar de vó.

Hoje a ausência da minha vó intensifica um sabor esquisito, sem graça, marcado profundamente com um nó na garganta...


(Alex Contente)

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