domingo, 29 de setembro de 2013

DOCE BEIJO

Minha vó, é uma grande pena constatar que quase sempre as maneiras simples são vistas como indício de pouco valor. Beijo bom é beijo sem pressa; beijo bom é beijo que não se consegue interromper. A vida fica muito mais fácil onde estão os beijos de que precisamos. Eu falo muito, a senhora beija muito, então enfim, com seu beijo decidi não ficar mais triste... Teu neto.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

O PULSO AINDA PULSA

Metalinguisticamente, relaciono o ato de fazer poesia à transgressão e acima da razão humana, dessa forma, um poder mágico em mãos: o de moldar a realidade. Ao inspirado poeta, aerosol tem a mesma direção e sentido da velocidade, também é muito sugestiva presenciar várias pessoas vagando pelo espaço... BOA NOITE!!!!!!!  (Alex Contente)


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

JAMAIS ME REVELAREI







Nunca sonhei com esta idade. Muito menos que chegaria perto.
Enchi a cara. Fumei muito. Briguei e chorei demais.
E, aos poucos, sei que vou evaporar tal qual fumaça.
Mas enquanto isso, que venham os cinquenta, os sessenta!
Pois como dizia o mestre nesta canção: elemento natural do jogo...



(Alex Contente)

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

AGRADECIMENTO

Não podia faltar o bolo para comemorar a data...
Se tem uma coisa que quem me conhece sabe - é de que adoro comemorar aniversário! Tudo bem que simboliza apenas uma data (não envelhecemos ano após ano, mas sim diariamente), mas acontece que em 14 de setembro fico completamente possuído por uma euforia sem igual: saio gritando aos quatro cantos pros vizinhos, pro portuga da padaria, pro jornaleiro da esquina, ou pra qualquer incauto que cruzar meu caminho, quero que todos me deem parabéns porque é meu aniversário, é uma felicidade infanto-juvenil inexplicável.
Não é por que eu acho a data mais especial do mundo, tampouco por que me considero a pessoa mais especial do planeta mas simplesmente porque acho sensacional o fato de que mais um ano se passa e, descontados alguns percalços e perrengues, sobrevivo à vida...


...tampouco as velas, que, acesas, deram as boas-vindas para a velha idade.
Agradeço por tanto carinho que chego a pensar que nem sou merecedor. Em mais um apagar de velas que sempre se possa comemorar mais aniversários com muito mais frequência. Como retribuição a todos os amigos que me parabenizaram (sem mágoas, claro, aos que me esqueceram ou simplesmente fizeram questão de me esquecer) um Contentíssimo obrigado!



(Alex Contente)

sábado, 14 de setembro de 2013

BENDITO VENTRE SENHORA




Uma das mais belas músicas do ano do meu nascimento (1974) e uma interpretação memorável para homenagear o mês de setembro, como só Vanusa floriu as manhãs de setembro - e que eu, num esforço, me guardei nas diferenças...



Ainda me lembro de cada momento. Eles ficarão guardados comigo. Vivo o momento!




















Nasci numa manhã de setembro, ao som da cantora Vanusa, de um parto normal de tantas inquietações para além de mim. Moro em uma cidade que tem noites sem fim mas que é o melhor lugar do planeta para quem não tem nada para fazer. Tive que trazer para o meu mundo de viver os prazeres das grandezas imaginárias para a noção de uma terra real. Tenho quase convicção de que a morte bate mais rápida à porta quando não se tem mais nada para viver ou quando nos sentimos inúteis. Lá fora, enquanto a chuva cai, o regime do circo armado nos tem como tristes, indefesos. Mas quem sabe qualquer dia desses cavalgo confiante em terras mangueiras...





(Alex Contente)

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

ENVELHEÇO NA CIDADE

Aí você entra inesperado, meio transitório, meio crítico e um pouco esbaforido. Entra inegavelmente e, por fim, enfia os dois pés profetizando novos tempos. Você se desanima, sente o impulso de mentir por mais um tempo, de adiar por mais um ano a ideia de colocar 4 na frente da sua idade e de desconversar. Você definitivamente está saindo da casa dos trinta. A minha vontade é de voltar aos 20, dizer que não aproveitei muito bem a casa dos 30, ter outra chance, mas não tem jeito. 
Envelheço sem música, sem língua de sogra, sem brigadeiro ou bolo, envelheço como sempre vivi, inquieto. Mas cá estou vivo, e tenho um dia inteiro só para mim...

(Alex Contente)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

INFINITIVAMENTE PESSOAL

Não sinto remorso pelos erros absurdos cometidos na vida. Não sou perfeito e também não vim ao mundo com manual de instrução nem vim para agradar ninguém. As palavras me confortam enquanto vivo todas as chances de experimentar novas sensações que a vida por acaso proporciona. Sem medos, sem freios, mas com total sensibilidade intuitiva. Às vezes sinto vergonha ao demonstrar minha fraqueza, desafiando a memória dos acontecimentos, das emoções. Mas no final sou eu mesmo. Também me acho muito diferente dos meus irmãos. Sou o mais velho e talvez o mais louco. Então, resolvi escrever.

(Alex Contente)

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

AOS CHATOS, SEM PERDÃO

Tenho observado que o que mais tem por aí é gente que cuida da vida alheia. Os representantes da espécie constituem uma classe tão organizada e sólida da raça humana que recebem até alcunha própria: chatos. E se você está achando que este texto é direcionado a alguém, se engana.
Todo chato, na verdade, se acha a pessoa mais legal do mundo, a companhia mais agradável, os seus comentários os mais lisonjeiros. Mas quando você finalmente perde a paciência, os desprovidos de ‘semancol’ nos proporcionam um deleite quase orgásmico quando exibem as mais desconcertadas expressões ao ouvirem um estrondoso e sonoro vá à merda!


(Alex Contente)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

COISAS DE QUE EU GOSTO

Adoro acordar tarde; ventilação; gente que concorda rápido; canja; pé de galinha; cinema em casa; pato no tucupi; maniçoba adubada; churros; político com paletó de madeira; achar dinheiro na rua; pegadinhas na tv; ônibus vazio; andar descalço; moela de frango; língua ao molho madeira; feijoada completa; chuvisco no telhado; aula de português do Pasquale; gente que massageia minhas costas; vizinha gostosa; furar fila; bêbado pagador; ver mulher de biquíni na praia; ladrão enjaulado; comida caseira do Rubão; o sol da noite; os amigos gays; café com leite e tapioquinha à tarde; chope da Brahma; língua de sogra; minha sogra; dormir agarradinho; passar meia hora na latrina lendo revistas de fofocas; mijar no penico; fazer sexo no mato; o canto do caga-sebo; pêssego em calda; trem fantasma; navegar no sexlog; ouvir Cindy Lauper; receber elogios; passar Natal com as crianças; receber presentes; réveillon na praia; piquenique de farofeiro; escovar os dentes; massagem nos pés; os modelos das saias do Paes de Carvalho; as gafes sem titubear; fígado mal passado; banho de chuva; as conversas despretensiosas de bar; cueca box; a repórter Burra do Paranoia; o universo do professor Pardal; coçar meu ouvido com pena de galinha; cadeira de balanço 3 em 1; as bênçãos da minha vó; filmes de corno e os da Cicciolina; a cor dos cabelos dos pivetes; as gordinhas de academia; lamber a tampa descartável do danone; as cócegas do chuveirinho do bidê; pai de santo incorporado; exu e pombagira; lasanha; piadas sobre o salário mínimo; piscina de 1.000 litros; papo com gagos; apreciar malabarismo de sinal; escrever; minha preguiça; e de vez em quando também lembro da gonorreia...

(Alex Contente)

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

MARCHA ESCOLAR!

Mamãe eu não quero servir à Pátria Amada...

Marcha Soldado
Meu Pintinho Amarelinho
Marcha Soldado
Brilha Brilha Estrelinha
Marcha Soldado
Boi da Cara Preta
Marcha Soldado
Se Essa Rua Fosse Minha
Marcha Soldado
Não Senhor aqui não tem cansaço
Marcha Soldado
Nem tão pouca covardia
Marcha Soldado
Aqui só tem combatente
Marcha Soldado
Com garra e valentia...

(Alex Contente)

Porque senão corro o risco de ficar que nem cachorro vigiando o portão.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

POESIA

Está chovendo lá fora
Ouço o barulho da chuva caindo docemente
pelo chão como cacos de cristais.
O soprar do vento forte vai aos poucos se dissipando
Então me arrepio ao ver a rua deserta, sem pessoas
Somente a chuva me diz que tem que ser assim...

(Alex Contente)

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