sexta-feira, 30 de novembro de 2012

CARTA ÀS DOCES AVÓS

Olá vovó? Como está tudo aí? Incrível, nunca escrevi para a senhora. Apenas falo. Mas  é que hoje acordei sentindo a sua falta, sabe, sentindo falta do seu cheirinho de alecrim e também do cheirinho do seu café, aquele café maravilhoso que me deixa sempre com gostinho de quero mais. Ainda hoje eu sorrio ao pensar no jeito que minha avó franzia o cenho sempre que tocava no nome do vovô.
Sabe vó, eu queria você aqui comigo hoje. Queria poder lhe abraçar demoradamente. Ah vovó, como eu queria lhe afagar os cabelos brancos, como eu queria teus braços à minha volta me aquecendo e me protegendo do mundo. Queria poder voltar no tempo, no tempo em que era rotina dormir em casa, na companhia dos pais. (Hoje em dia a molecada faz questão de dormir na casa dos outros.)
Às vezes, eu fico me perguntando, o que será de mim, quando Deus resolver levar minha velha guerreira? O que irei fazer? Pra quem irei pedir arrego? Pra quem eu vou ligar só para ouvir um ''Deus te abençoe, meu filho!'', daqueles bem sincero? Quem eu vou abraçar para sentir aquele doce cheirinho de alecrim? Serão só as lembranças de uma das mulheres mais sensacionais de minha vida? Se agora é só saudade, imagina quando seus olhos se fecharem para sempre, acho que vou junto. Vó, primeiro quero lhe pedir desculpas por não ter sido um ótimo neto, por às vezes ter te respondido (mas releve, eu era apenas um menino inocente); por às vezes ter sido grosseiro ou impaciente (releve de novo, pois eu era um adolescente rebelde).
Peço desculpa por todas as traquinices que aprontei. Vó, os meus melhores agradecimentos - e meu sincero respeito - somente para a senhora. Agradeço-te por ter sido minha segunda mãe, agradeço o melhor alicerce que alguém pode ter. E agradeço por você ainda estar aqui, mesmo longe, mas por ainda se preocupar com esse netinho estabanado que te considera tanto e que de certa maneira não vive sem a sua velhinha. Eu te amo e esse amor vai além de todas as coisas deste mundo.
De seu solícito de bem-humorado neto, um beijão em cada rosto!

(Alex Contente)

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

POESIA ( ANIMAL, FÉ, AMOR )

Pessoa / coisa / animal
Eterna / Deus / mudança
Doença / cura / mata
Poesia / pruma / baião
Tinta / mão / ou não?
Basta / ser / reinventar
Atitude / união / explosão
Espaço / humana / mente
Diabo / cão / fé / céu
Buraco / barata / amor
Senhor / anéis / doutor
Cores / flores / jardins
Rosas / alecrins / jasmins...

(Alex Contente)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

POR NINGUÉM

Meu dia começa e minha mente dói
Agradeço com palavras maldosas
Que não fazem sentido, sem nexo
Já acordo assim, com pressa,
Maculando o dia
Com as olheiras nos olhos.
Vejo que não preciso mais de nada
Pois não há sinal de amor por ninguém.
No entanto, sei que preciso um dia
Para não morrer sem ter amado.
Fico em casa, a dor sai
Há muito não conheço alguém interessante
O dia passa, a dor volta.
Haverá um dia em que todas as coisas
Encherão minha cabeça
Para não nunca mais esquecê-las.
As olheiras nos meus olhos
Não precisam mais de mim.
Continuo sem sinal de amor por ninguém...

(Alex Contente)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

COMO POETA QUE VAI VIAJAR...

... na companhia doce pelo ar.
(Alex Contente)

UMA TROCA DE IDEIAS

O cigarro é uma invenção dos índios.
Em Paris fuma-se muito.
Só fumo no carnaval cigarros eletrônicos.
Vende-se virgindade. Vende-se quase tudo.
Gil faz 70 anos, versão zumbi do Michael Jackson.
É proibido proibir, diz anúncio que li.
Caetano, ora preconceituoso, senão seria genial.
Novo disco de Gal Costa aprofunda ciclo poético.
Chico Buarque, o anfitrião da música brasileira.
Cálice é pra criolo doido.
Chega de Saudade João Gilberto.
Saudade dos peitos de Cássia Eller.
Novos Baianos, nas figuras dos tropicalistas.
Equalize Pitty.
Um tapinha da Popozuda não dói.
Marisa Monte é 'du balaio'.
Djavan é timbre áspero em nota doce.
Page Ou Hendrix? Jagger ou Paul? Madonna ou Michael?
O baião é uma invenção de Luiz Gonzaga.
Viva Paulinho da Viola.
Bethânia, a própria Purificação do Subaé.
Tiririca de terno e gravata é uma piada.
Maria Gadú, grande revelação quase esquecida.
Doces Bárbaros, Jesus.
Woody Allen e sua Cuca Fundida.
Preta Gil, polêmica espontaneidade.
Jorge Mautner é incomparável.
Tudo que não era americano em Raul Seixas era baiano demais.
O gingado gostoso de Mart'nália.
Zélia Duncan e Adriana Calcanhotto: almas?
Luan Santana, Michel Teló e Gusttavo Lima: bons de cacarejar e duros de cozinhar.
Papa Bento XVI tem cara de sinistro.
A raça humana, a raça illuminati.
Não voto, vomito.
Belém, maravilhosa precariedade na permanência.
Luana, a única pessoa que fuma a verdinha e não fica relax.
Ronaldinho e sua 'medida certa' avaliada em R$ 6 milhões.
Anna Julia nunca foi a melhor música de Los Hermanos.
Celular, uma agonia digital.
A internet bagunça a mente.
MEC virou MET.
Neymar, humilde jogador que se tornou o maior pegador.
De Michel, somos os primeiros a temer.

(Alex Contente)

sábado, 24 de novembro de 2012

A OSGA E O NADA

Deitado em minha rede observo a osga branca que se esconde atrás da estante da sala e que de onde só sai para comer os insetos. No silêncio da noite ela chega lenta para se alimentar, passeia de um lado para outro à procura de algo que lhe mate a fome. Depois de vasculhar a parede úmida, ela corre intrépida para o quarto na esperança de capturar um pernilongo que acabou de passar por lá. A vida da osga branca atrás da estante, na parede úmida, cujo móvel não faz sentido de estar ali, mas que não tenho vontade de mudá-lo de lugar. Um dia vou ter que tirar a amiga osga branca de algum lugar da casa e abandoná-la no seu verdadeiro canto, que é o seu nada...

(Alex Contente)

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

FIM DO MUNDO?

Dizem por aí que o mundo acaba este ano. Quem disse isso? Os Maias? Os Incas? Ou quem sabe Nostradamus? Eu vinha pensando nesse assunto ao levar minha cadela para fazer xixi. Em alguns momentos, porém, acreditei que o fim do mundo já havia chegado fazia tempo. Não há coração que resista. É ou não é o fim do mundo?

(Alex Contente)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ETC.

Eu vou
Eu quero
Eu sou
Eu necessito
Eu desejo
Eu imploro
Eu peço
Eu como
Eu vejo
Eu labuto
Eu venero
Eu lapido
Eu regozijo
Eu rabisco
Eu sinto
Eu pressinto
Um, dois, três
De tudo isso
Eu era
Eu sou
Estou só etc.

(Alex Contente)

sábado, 17 de novembro de 2012

CAVALEIRO SOLITÁRIO

No dia do Natal queria virar Papai Noel. Queria envelhecer e ficar gordo que nem o Jô Soares, barbudo e feio que nem o saudoso Enéas, usar botas pretas que nem o Cavaleiro do Apocalipse. Também queria voar, dançar, rodopiar com as renas de um lado para o outro, movido pelo interesse de presentear as crianças.
Queria ser bem-vindo pela chaminé, vasculhar todos os cômodos da casa, a fim de encontrar meias à espera de um simples brinquedo. Queria ser Papai Noel sem frescuras, porém, cheio de atitudes. Queria ser Papai Noel para compensar a recordação da alegria em saber que o bom velhinho existe nos sonhos... hohoho


(Alex Contente)

WALDECA

* Todos os nomes aqui são fictícios, nascidos e amamentados pelos seios de uma mente que adora embalar as tolices apenas para se divertir, que antes viviam vagando pelos sete buracos do cabeçudo que vos escreve, e que, por ora, estar deixando de lado o pipo, a pipoca e a preguiça...

Elena Trancoso, a Lilica, é uma puta megera rica que teve a sorte filha da puta de nascer com os olhos azuis e cabelos loiros para lhe dar um ar de cadela castrada, algo que tinha do tamanho do dedão do pé, um dedão mais parecido um abridor de garrafada. No nick de seu MSN faz questão de colocar: Lilica, você é uma putona! Tudo isso para se divertir com os otários de plantão.
Até que certo dia conseguiu atrair a atenção de Carlinhos Mota, a Motinha – uma bichinha tola, foleira e espalhafatosa, que mora sozinha em um barraco de madeira de dois cômodos, onde recebe mais bichas (uma mais louca do que a outra, sendo ela a bicha mais aparecida de todas e que se acha a “última Coca-Cola do deserto”).
Lilica - que é uma mulher muito burra mas bondosa, convidou-o para morar em sua casa e, assim, o criou como filho. Filho da puta. Porque o gayzinho passou de status de bicha pobre e louca para status de bicha rica e metida.
Waldemar, marido de Lilica, que é outro viado velho que por ter muito dinheiro é protegido dos travecas da Rua Consolo Em Ação, antro da viadagem. Waldeca, como é chamado carinhosamente por suas ‘amiguinhas’ de copo e de cruz, tem como passatempo predileto pesquisar minuciosamente pela internet todos os tipos de calcinhas, de todas as cores, de todos os tamanhos, com renda ou sem renda, a ponto de tornar-se um viadão expert na arte de seduzir, ensinando ao seu “bebezinho” gay e à safada da puta da mulher de como se deve usá-las bem sexy e cravadas no cu, sob o ângulo esnobe de sua voluptuosa afrescalhada visão...

(Alex Contente)

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

CAROL

* Todos os nomes aqui são fictícios, nascidos e amamentados pelos seios de uma mente que adora embalar as tolices apenas para se divertir, que antes viviam vagando pelos sete buracos do cabeçudo que vos escreve, e que, por ora, estar deixando de lado o pipo, a pipoca e a preguiça...

Carollynne Loureiro Boulhosa tem nome típico afrescalhado de brasileiro. E não bastasse a frescura do nome, ainda faz questão de que sua pronúncia seja um pouco mais demorada, tipo Carollynneeeeeeeeeeeeee.
Funkeira filha da puta assumida, que roda bolsinha ao lado da própria sede onde rebola seu mais de metro e meio de reluzente abundância, - Carol só pensa em casar-se por interesse e, na intenção de querer se dá bem, enviou uma enxurrada de e-mails declarados para homens endinheirados, que frequentam festas temáticas em resorts. Os candidatos podem até ser obesos ou dentuços, pois afirma que não faz distinção odontológica, nem de balança.
Mas, desiludida, por não obter respostas de futuros pretendentes, tentou se atirar de um penhasco, porém achou mais interessante morrer de tanto trepar. E assediada numa sala reservada de bate-papo erótico virtual por um punheteiro gordo, não se fez de rogada, foi ao encontro saciar sua louca vontade de dar, com direito à prática do bondage na troca de fluidos corporais.
O problema é que a coitada quase morria, não de prazer como gostaria; mas porque o tarado pesava muito mais do que a bunda quadrada reunida de toda sua família, ocasionando assim uma disputa frenética de bundalelê, que dava para nocautear Anderson Silva sem precisar de vara.
Depois, já refeita do susto, foi à delegacia denunciar o gordão gótico e tarado, que foi preso e levado por um guindaste para uma cela gigante, do pavilhão GGG, onde vai cumprir pena de regime a céu aberto.
Penalizada e ardendo em brasa, Carol foi visitá-lo com a desculpa de que só agora poderia ver nitidamente a cara do safado – uma vez que na noite da fatídica rebolation havia descido tanto na boquinha da garrafa que preferiu não desperdiçar seu tempo em fisionomia. Na verdade era só um pretexto da vadia; no fundo sentia saudade das toneladas de banhas do ‘hipopótamo botânico’ sem pinto, que, em seu depoimento, alegou não ter culpa se quando penetra, não beija; e quando beija, não penetra.
Graduada com louvor em Gangbang na Universidade Foda-se se Puder, Carol conseguiu através de um juiz pedófilo uma liminar, concedendo o direito da reconstituição do ato.
E o juiz penalizado com a história dela, convidou-a para uma sessão de fotos ousadas, que ela não recusou, deixando o magistrado velho e impotente satisfeito com uma filha da puta para chamar de sua e tentar fazer subir seu... ânimo.

(Alex Contente)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O SENHOR DOS ANÉIS

* Todos os nomes aqui são fictícios, nascidos e amamentados pelos seios de uma mente que adora embalar as tolices apenas para se divertir, que antes viviam vagando pelos sete buracos do cabeçudo que vos escreve, e que, por ora, estar deixando de lado o pipo, a pipoca e a preguiça...


Marco Brasa, filho de um fazendeiro corrupto da pequena cidade Mando Eu Obedece Tu, adora se divertir em festa rave rodeada de machos. Marco também é um obstinado comedor de cu de vacas.
Certo dia, cansado de suas fodas animalescas, ele vai morar em São Paulo, onde acaba virando gogo boy em boate GLBT, adotando o pseudônimo de Marcão. Porém, logo se decepciona em sua empreitada de dançarino, porque vivia sendo assediado por caminhoneiras masculinizadas. Marcão, que era acostumado a meter nos bichos, não queria dar, podia gostar, e não demorou muito viu sua figura desmoronar...
Chateado, convidou os pais a morar com ele. Fez curso de moda e, inspirado em Boy George - com penteado cheio de laquê -, topou ser o recheio de revista especializada ao público gay. Numa tarde de lançamento de sua G Magazine, viu os olhos de uma fã brilharem, na verdade brilhavam porque ela queria dizer que ele estava pior do que o Robin quando quer dar pro Batman. Marcão, de bundão para o mundão era o título da revista.
A essa altura seus pais já estavam enfartando por conta do sexy appeal do filho, que posou com uma jiboia de 2 metros enrolada no corpo, já imaginando como comeria o rabo da cobra.


(Alex Contente)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

MÃE ZAFINA

* Todos os nomes aqui são fictícios, nascidos e amamentados pelos seios de uma mente que adora embalar as tolices apenas para se divertir, que antes viviam vagando pelos sete buracos do cabeçudo que vos escreve, e que, por ora, estar deixando de lado o pipo, a pipoca e a preguiça...


Mãe Zafina é uma mãe de santo das brabas que, em suas consultas mediúnicas, diz trazer na hora o seu grande amor (nem que seja à base de porrada de cassetete) e dependendo da generosa gratificação que a pessoa caridosamente disponibiliza, mãe Zafina, com toda serventia própria dos ‘cabocos papacu’, providencia até o epitáfio do ''trazido'': Aqui jaz um malcriado que Mãe Zafina foi buscar.
A culpa de ter esse nome de bruxa dos tempos da Inquisição, foi de sua mãe Esmeraldina Calu, que, fanha, ao invés de registrá-la como Safira registrou-a como Zafina. E quem acompanhava dona Esmeraldina no cartório era a madrinha de Zafina, dona Estelita Constança, uma preta capricorniana teimosa que nem o cão e que vivia desafiando o Diabo, e que não sabia ler nem escrever. Porém, uma safadeza de que dona Estelita aprendeu na vida e nunca mais se esqueceu foi de ter tido um caso extraconjugal com Godofredo Leôncio Triste, pai de Zafina e esposo de Esmeraldina - um coveiro aposentado, corcunda, que ficou surdo do lado esquerdo do ouvido, e está quase pra ficar também do direito, depois de ter levado um safanão dos ‘cabocos’ ensandecidos que abusam sexualmente da dinâmica espiritual da amante, quando recebe, arreganhada, ''doações espontâneas''. Leôncio Triste é quem examina com atenção e prudência as feridas causadas pela penitência prazerosa de sua sofrida amante, arrombada acrobaticamente nas posições kamasutrianas, sem dó nem piedade, pelos espíritos completamente tarados e pervertidos...

(Alex Contente)

terça-feira, 13 de novembro de 2012

CICERO SPIRROW

* Todos os nomes aqui são fictícios, nascidos e amamentados pelos seios de uma mente que adora embalar as tolices apenas para se divertir, que antes viviam vagando pelos sete buracos do cabeçudo que vos escreve, e que, por ora, estar deixando de lado o pipo, a pipoca e a preguiça...

Nascido no Brasil, filho de uma família de classe média alta e de sobrenome de origem inglesa, Cicero Spirrow rapidinho desenvolveu talentos para boiolices ante ao desespero incubado de seus pais liberais, adeptos do naturalismo. Spirrow que passou a ser chamado de Espirro, porque um garotinho (meio retardado) lhe perguntou qual era o significado de seu nome, enquanto estavam na sala de aula, quando de repente Spirrow, que estava resfriado, soltou bem alto um estrondoso espirro, chamando atenção do colégio todo, até de Terezão, uma sapatão que tem a mania de pendurar suas cuecas sujas no varal do quintal, que faz fundo para a escola. E assim Espirro surgiu. Por causa do apelido engraçado sofreu bullying e virou um playboy com a camisa do Batman estampada no peito, que usava quando frequentava festas GLS. Deixou o cabelo crescer e pintou de arara, pois dizia que queria ser diferente e destacar-se nesse mundo underground.
Revoltado sem a mesada dos pais, e mais gayzinho ainda, foi se convertendo aos poucos para a ''frescuridade''. Fazia bicos para arranjar um trocado, como ser ''avião'' de traficantes incubados.
Certo dia, se deu mal - foi pego em flagrante plantando maconha e preso, podendo recorrer. O que não quis, preferindo exercitar de uma vez seu lado mulher que há muito se escondia atrás da nudez escancarada de seus pais nudistas.
Já na cadeia, Espirro deu pro delegado, pro escrivão, pro juiz, pro promotor, pro advogado de defesa e, pra ser cortês, também deu pro de acusação. E após uma saraivada curra, foi liberado para novamente se submeter a mais uma sessão de ‘’tortura’’ com os outros detentos a mando do delegado Rocha, de plantão, que participou apenas como voyeur. De boca e cu assados e feliz por ter liberado com gosto seu lado feminino, conheceu, na frenética e glamorosa boate gay ‘’Mamãe Quero Ser, Papai não Permite’’, o homem que viria a ser seu grande amor - Jeremias Picasso.
E cada vez mais alargamente dando para o amado Picasso, Espirro aprendeu bacanal de Tae Kwon Do com os demais presos foragidos...

(Alex Contente)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

BATE CHARQUE

* Todos os nomes aqui são fictícios, nascidos e amamentados pelos seios de uma mente que adora embalar as tolices apenas para se divertir, que antes viviam vagando pelos sete buracos do cabeçudo que vos escreve, e que, por ora, estar deixando de lado o pipo, a pipoca e a preguiça...


Zé Carlos finalmente conseguiu montar sua tão sonhada ''Pizzaria Tok de Chef''. Com excelente cardápio variado de massas, não demorou muito para conquistar a confiança e lealdade de uma clientela seleta. E esfomeada.
Mas quem toma conta é o filho mequetrefe Juninho Beterraba, com o apoio perturbador da desmiolada mulher Cleonice Paspalhona, a Louca.
Chico Colher, um velho mulato e  fã incondicional de Bruce Lee, é o esfomeado que mais bate ponto no local. Sabe um pouco de caratê e até ensaiou uma luta para estrear o saguão da pizzaria. Faz também aulas de boxe (onde mais serve de cobaia para as crises neuróticas do instrutor) simplesmente com o intuito de se defender das peias de putas cruéis dos bordéis que assiduamente frequenta, e de onde de lá quase sempre sai nu. E dessa putarada toda, a mais cruel chama-se Jacira, que atende pela alcunha masoquista ‘’Jacira Malagueta’’, devido à prática impiedosa de lascar pimenta na região erógena dos machos frouxos que não conseguirem apagar seu fogaréu sexual. Já no segundo pavimento mora Laura, a puta velha de vulva atrofiada mais antiga da zona, que comanda de lá mesmo do alto, a animada Pensão da Bate Charque.
Bate Charque é o pseudônimo de Matilde Saldanha, uma dondoca que adora trepar e por este singelo gosto fez de sua casa, localizada no Centro da Trepação, a pensão mais famosa da cidade. Gulosa como só ela sabe ser e que tem como hobby o voyeur, vive dizendo ao corno do maridão que adora vê-lo batendo no charque, e este para agradá-la vive então batendo o charque, dentro da Pensão Bate Charque, o charque da Bate Charque, sem saber que o charque que ele bate dentro da Pensão Bate Charque é o próprio charque de sua esposa Matilde, que tem como fetiche atender de máscara e camisola branca de renda somente machos dotados. E tanto o velho Chico Colher quanto o mequetrefe Juninho Beterraba começaram a engatinhar a carreira curricular por lá: apalpando massa, metendo lenha no fogo das putas necessitadas de doações, e saboreando com todo gosto o charque da Bate Charque, que, nada besta, já havia dado de comer também para o seu Zé Carlos...

(Alex Contente)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

SOL

A gente precisa contemplar o Sol, pois não resta mais nada a dizer a não ser que a gente precisa contemplá-lo.
E do astro-rei, só nos interessa saber onde está? Pois não há mais nada a dizer...
A gente precisa ver... Se o Sol brincar de se esconder só para não ser visto, e por isso a gente não vê-lo, então não há.
Mas mesmo assim ele poderá ser visto dentro do clarão sobre o mar. Então, já que existe o Sol, onde ele está? É isso que interessa saber. Para crer - e testemunhar - que ele possa estar paquerando a Lua...

(Alex Contente)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

DESESTÍMULO SEPULCRAL

Sinto vontade de ir embora para a roça, criar galinhas, patos, porcos, bem longe dessa corrupção exacerbada, onde pouco se ouve falar de políticos pilantras (a classe cada vez mais podre do mundo), que só criam leis em favor deles próprios enquanto nos deixam à míngua. Cobram cada centavos de impostos, descaradamente, sem querer saber se vai fazer falta para uma ‘fatia de dignidade’ e embolsam nosso suado dinheiro, deixando-nos à mercê dos urubus. Somos rebaixados a um escalão vergonhoso de cidadania, onde políticos de merda se acham os mais importantes.
Quem agora se desestimulou foi eu...


(Alex Contente)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

VIDA LOUCA, VIDA BREVE

O quanto nossa vida é passageira. Breves momentos vividos e muitos ainda a viver. No entanto, não temos absolutamente controle de nada quando o assunto se diz respeito ao tempo de vida. A gente se preocupa demais com o que pode vir acontecer amanhã e acabamos por esquecer o dia de hoje. Não nos damos conta - ou fazemos questão de não lembrar - de que o agora é o que importa, pois é o momento diante dos olhos. Na maioria das vezes reagimos com total indiferença por vivermos ‘ocupados’. Enquanto isso, alguns quesitos vão sendo deletados. A verdade é que a vida não espera; nós é que perdemos tempo...

(Alex Contente)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

FUNERAL DE ROBIN GIBB




Triste e comovente o momento de despedida deste ícone da música. Obrigado Robin Gibb (Bee Gees) pelas lindas canções, que ficarão guardadas em sete chaves dentro de nossos corações. Lamento e hei de lamentar hoje e sempre...

(Alex Contente)

MENORES ABANDONADOS

Quando você for passear pela Praça da República e de repente observar a roda de pivetes quase todos menores (e também quase todos negros) cheirando cola, lembre-se de que estão à mercê da própria sorte, abandonados pelo poder, que está se lixando para o futuro deles.
E nada interessa para eles, nem mesmo o batuque contagiante do Pavulagem nem a história contada do maestro Waldemar Henrique. Seus olhos estão virados para o roubo, ao mundo do crime, às drogas.
Para eles, entretanto, ninguém é cidadão.
Antecipe sua colaboração quando você for dar uma volta na Praça da República.
Pense neles. Ore por eles. Ajude-os...


(Alex Contente)

domingo, 4 de novembro de 2012

POESIA ( SEM ESTRELAS )

A madrugada se revelou pra mim
E a lua decidiu ofuscar seu brilho
E eu perdido em pensamentos indefinidos
Um raio de solidez invadiu minha alma
Não dormi
Saí carregando meus sonhos afora
Cansado de andar noite após noite pelas ruas
Não chorei, não reclamei
Só desabafei:
Noite triste
Sem estrelas no céu!

(Alex Contente)

EM DESTAQUE

A-DEUS!

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