sábado, 30 de agosto de 2014

LEMBRANÇA DE COLÉGIO

Outro dia, caminhando pelas ruas, parei para observar os meninos saindo de um colégio e senti saudade de meus tempos de escola. Lembrança dos amigos e dos momentos alegres que compartilhamos.
As imagens daquele tempo tão distante desfilaram em minha mente por alguns instantes. Pude rever através do pensamento amigos de classe. Quanta diversão nas aulas de educação física, que sempre terminavam com uma ‘pelada’, às vezes até com briga. Talvez no nosso inconsciente pensássemos que a convivência continuaria para sempre. Mas nada disso, pois cada um seguiu o seu melhor caminho e trilhou a vida...




(Alex Contente)

POESIA ( MEU DILEMA )


sexta-feira, 29 de agosto de 2014

É FODA!

Por ora, não tem coisa melhor para escrever do que a palavra FODA. Gosto tanto da palavra que estou usando-a em letra maiúscula. Pois bem. Essa vontade FODA, fêla-da-puta, que não tem hora, é quase inevitável. Por exemplo, estou aqui no trampo aí dou uma olhadinha para o lado e vejo figuras medíocres à minha frente. Aliás, vejo cada pérola que é FODA de segurar. De aguentar. São sempre figuras finíssimas. Um ode à FODA.
Essa sequência de todo mundo querer ir junto ao banheiro na hora do expediente do trabalho é promiscuamente FODA. Assim também como é FODA ser peão, bater cartão de ponto, trabalhar com chefes com cara de porco (eu sei disso desde o início que era chato demais e mais do que ser chato é FODA), aí é que é FODA mesmo. Dá vontade de dizer para esses cabeças - talvez seja um pouco insistir de minha parte: FODAm-se!
Se bem que os chefes poderiam suavemente, sob as mãos, segurar algo grosso e quente. É uma coisinha bem pequena de se fazer. Outra coisa que é FODA é beber com o chefe. A cerveja é uma boa ideia, mas o mandante não. Haja aturação versus saturação! Ok, chefe. Vápaporra!
Em outros momentos também têm coisas que não dão pra segurar. A gente quer, por exemplo, se livrar da flatulência indesejável naquele momento (como acontece e aconteceu recentemente com um dos presidenciáveis no Jornal Nacional) e, se possível, bem alto (mais ou menos estrondoso como o do entrevistado) mas por educação temos que segurar toda a ventilação anal e, como consequência desse aperreio ruidoso, acaba gerando uma bola de gás (gases produzidos no intestino, claro) que segurá-lo é FODA porque dói muito a barriga. Você precisa de muita paciência pra segurar o rojão e poder conduzi-lo voluntariamente como em um belo passeio numa Maria Fumaça. Ainda mais depois de ter exagerado numa boa dose de feijoada. Nessas horas, é FODA a igreja considerar a gula um pecado.
Desculpe-me o desabafo, porém foi FODA segurar essa minha vontade de escrever dessa maneira...

(Alex Contente)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

LOUVANDO O QUE BEM MERECE

Bem que a Câmara Municipal de Belém poderia esticar o benefício do projeto pandemônio que reconhece as tradicionais ensurdecedoras APARELHAGENS DE SOM como Patrimônio Cultural e estabelecer novo projeto de lei (de mesmo mérito divino) para as famigeradas localizações da cidade, como por exemplo: a Ponte do Galo; o Beco do Zé Buduia; os “inferninhos” da 1º de Março e adjacências; o antigo Palácio dos Bares assim como o extinto “Caldeirão do Alan”; o Lixão do Aurá; as sombrias matas da Ceasa; a passagem Mucajá (imortalizada na voz de Nilson Chaves) e as invasões do Riacho Doce, Pantanal, Che Guevara (residencial?) e O Pau Te Acha.
Respeitosamente, seriam louvações merecidas com toda razão! Com a palavra, o Legislativo.

(Alex Contente)

terça-feira, 26 de agosto de 2014

POETA EM FOCO


Depois de um longo e tenebroso tempo, volto a ver meu texto publicado novamente em páginas matutinas. Desta vez, o jornal O LIBERAL estampou na íntegra o artigo que fiz sobre os 25 anos da morte do roqueiro baiano. Foi às bancas no dia 22 de agosto, sexta-feira passada. Que bom!

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

MALUQUEZ NA TERRA DO SOL NASCENTE


TUDO QUE VIER NA CABEÇA EU VOU CANTAR PARA O MUNDO ESCUTAR

À BEIRA DO PANTANAL (onde seu corpo jaz há 25 anos), o MALUCO BELEZA continua FAZENDO O QUE O DIABO GOSTA: ROCKIXE. 
21 de agosto é o DIA DA SAUDADE. O DIA EM QUE A TERRA PAROU o CORAÇÃO NOTURNO do COWBOY FORA DA LEI. AS PROFECIAS, COMO VOVÓ JÁ DIZIA, sentenciaram COISAS DO CORAÇÃO para O HOMEM que tinha como lema SOU O QUE SOU, NOVO AEON.
O MOLEQUE MARAVILHOSO, chupando CAROÇO DE MANGA em ANARKILÓPOLIS, não temia OS NÚMEROS da LOTERIA DE BABILÔNIA para uma DISCAGEM DIRETA INTERESTELAR. 
A VERDADE SOBRE A NOSTALGIA, AQUELA COISA ANOS 80 - SÓ PRA VARIAR - era O SEGREDO DO UNIVERSO. 
NÃO FOSSE O CABRAL, O TREM DAS 7 não carregava DIAMANTE DE MENDIGO e OURO DE TOLO para UM MESSIAS INDECISO. AOS TRANCOS E BARRANCOS O TREM 103 cruzava AS MINAS DO REI SALOMÃO. ÊTA VIDA. QUE LUZ É ESSA?
Já que O NEGÓCIO É EU SOU EU, NICURI É O DIABO, então PEIXUXA, EU TAMBÉM VOU RECLAMAR, TÁ NA HORA, SE O RÁDIO NÃO TOCA CARPINTEIRO DO UNIVERSO, LUA BONITA, POR QUEM OS SINOS DOBRAM vou ter de apelar ao PASTOR JOÃO E A IGREJA INVISÍVEL para tocar ROCK 'N' ROLL GOSPEL, o ROCK DO DIABO, MAGIA DE AMOR, JUDAS. POR QUÊ? PRA QUÊ? Na SESSÃO DAS 10, EU SOU EGOÍSTA.
SIM, CANTAR MAS I LOVE YOU com a DENTURA POSTIÇA é CONVERSA PRA BOI DORMIR. CONSERVE SEU MEDO. FAÇA, FUCE, FORCE, dona ÂNGELA, porque tem MUITA ESTRELA, POUCA CONSTELAÇÃO.
LUA CHEIA, BEST-SELLER da LOBA. EU QUERO MESMO, VOCÊ, RÉQUIEM PARA UMA FLOR.
MAMÃE EU NÃO QUERIA fazer CHECK-UP DE CABEÇA PRA BAIXO.
QUERO IR, no METRÔ LINHA 743 MOVIDO A ÁLCOOL, ouvindo CANTIGA DE NINAR pelos CAMINHOS da NUIT. GENTE, NÃO QUERO MAIS ANDAR NA CONTRAMÃO.
SOCIEDADE ALTERNATIVA no SÉCULO XXI pode ser um TAPANACARA.
NANNY, VOCÊ AINDA PODE SONHAR: PARANOIA, CACHORRO URUBU. Se não der certo, TENTE OUTRA VEZ. BRINCADEIRA, BABY.
A GERAÇÃO DA LUZ, PAGANDO BRABO com A LEI dos SUPER-HERÓIS, até hoje reverencia AS AVENTURAS DE RAUL SEIXAS NA CIDADE DE THOR.
Ê MEU PAI, QUANDO ACABAR O MALUCO SOU EU...

(Alex Contente)

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O POETA QUE NUNCA MORRE



O POETA QUE NUNCA MORRE
21 de agosto é o dia em que o rock perdia o seu mais autêntico porta-voz, Raul Santos Seixas: pancreatite, cachaça e solidão. Quando o único rock aceito no Brazil era o inglês e o americano, Raul o fundiu com ritmos como o xote e baião e inventou a salada musical que hoje todo mundo faz, come e diz que inventou. Raulzito ajudou a criar a identidade do rock brasileiro com letras que fizeram despertar muitas cabeças. Exatamente por este carisma que nós, fãs, sentimos a necessidade de não deixar que sua obra caia no esquecimento, fazendo com que mais pessoas entrem em contato com seu trabalho e percebam o conteúdo.
O Maluco Beleza foi um lobo solitário na estepe do rock‘n’roll. Acontece que Raul não era de fazer concessão e ninguém foi tão roqueiro, anarquista, visionário, iconoclasta quanto ele próprio. Mesmo já tendo partido, continua a nos brindar com novos trabalhos. Muitos de seus livros já foram reeditados contando sua vida, os discos reeditados e todo ano também tem romaria no dia de sua morte. É triste constatar que o baiano vende mais discos agora depois de morto. Mas, como todo roqueiro que morre cedo, Raulzito virou mito e sabe-se lá quantas vezes ainda vai renascer das cinzas para desexplicar o que todo mundo explica...





(Alex Contente)

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

INFINITAMENTE PESSOAL

Praça da República: caminho sem sol

Todos os dias tenho que reinventar a velha Belém, passei minha vida toda por aqui, meu mundo é o que faço dela: ando pelas ruas onde desejaria saber de todos os seus cantinhos. Sou um homem de uma cidade só, alegre e triste homem de poucas paisagens. Belém completará 400 anos, dos quais faço parte de um fragmento infinitésimo desta terra de tantas histórias e poucos amores. Certamente morrerei aqui...

(Alex Contente)

terça-feira, 19 de agosto de 2014

SOBRE O IMPREVISÍVEL

Oi? Interessante o que aconteceu, hein?! Foi quase um comercial de shampoo. Não, meus cabelos estavam presos por um elástico e comerciais de shampoo exibem vastas cabeleiras. Ou seria um comercial de ótica? Difícil definir a cena, talvez Freud explique.
E eu que vivo repetindo, para mim mesma e para os outros, que o princípio que rege a vida é o da imprevisibilidade e que, a exemplo de Karl Marx, também acredito na célebre frase 'nada do que é humano me é estranho', me surpreendi com um imprevisível tão agradável e com um humano tão familiar.
E, olha, vai demorar um pouco para que eu esqueça aquela expressão que vi em seu rosto, que cara boa que você tem, viu?
Voltei para casa e sua presença ainda permaneceu comigo por um bom tempo...



(Alex Contente)

sábado, 16 de agosto de 2014

ETERNAMENTE, GRATO!

Patrícia cuidou e acompanhou minha avó nos últimos dias de vida...
Quando a gente pensa que tudo está perdido, sempre há um caminho. Esta jovem mulher chamada Patrícia cuidou tão bem de minha vó, que parecia que havia saído de seu ventre. Devemos muito a esta criatura e meu sorriso sem graça não sabe nem como agradecer, pois ainda queima meu coração. Jamais vou esquecer sua solidariedade, minha irmã Patrícia, que em prantos ou ao telefone, de pura transgressão rock'n'roll, beberei litros de cevada em pleno movimento rockerfeller, o qual me seduz, para te agradecer eternamente nossa flor, minha e de meus irmãos...



(Alex Contente)

...e no Dia dos Pais de 2013 o último adeus à minha avó-pai. Saudade!


terça-feira, 12 de agosto de 2014

VASO BOM. E QUEBROU

Velório realizado na Igreja dos Capuchinhos

Sepultamento no Cemitério Parque Max Domini II, em Marituba

Nascimento: 09.05.1927 / Morte: 06.08.2014


Fotos e vídeo da artista destemida e sempre porreta Leka Liares
Dizer adeus à minha avó foi um sofrimento. A palma da mão ficou suada, a voz engasgada, o coração disparou e a agonia começou a crescer. Senti um temperamento estranho que me fez silenciar por um bom tempo. Não conseguia manter meus olhos e minhas mãos distantes daquela pessoa tão amada e querida que cuidou de mim.

Muitas vezes, minha vó foi capaz de ajudar as pessoas a realizar os desejos. E de quebra, também, ajudou a 'botar no lugar' as pernas, os braços, a barriga, os nervos, e não muito as neuroses dos intransigentes que batiam à sua porta em qualquer hora do dia ou da noite, perturbando-a em seu deleite, dando todas as forças morais, assumindo o árduo compromisso (como ela bem soube) de dizer sobre a vida de uma forma diferente, por meio do seu amor e generosidade imensuráveis.

Passadas algumas horas, ouvi uma voz dizer que era a vez dela e que estávamos de passagem e por isso tínhamos o dever de ser melhor do que somos. Acredito que foi minha avó quem falou tudo isso. Imagino que às vezes somos o tempero do viver. Não quero que a dor me torne mais sensível, também não abraçarei religião com medo da morte. Naquele momento, senti imensa alegria por minha avó ter existido, por ela ter sido ela em todos os momentos, e por ter saudado tudo isso de forma magnífica, rindo, na sua graça.

Minha avó era uma pessoa exagerada e morreu também de forma exagerada, vivendo tudo que tinha para ser vivido. Amém!


(Alex Contente)

domingo, 10 de agosto de 2014

PAI, EM QUALQUER LUGAR

Conversas de pai e filho sobre desvãos do ser...
Pai, aonde quer que estejamos juntos todo dia, todo ano, sempre haverá (sempre, sempre) conversas de mãos e pés e o coração na mão: nosso amor surge dessa maneira.
Hoje estamos aqui e a minha vó lá em algum lugar no meio das estrelas, onde fito o céu na esperança de que ele nos traga toda a confirmação da verdadeira alegria, que a luz da vida imprimiu de nós...

(Alex Contente)

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

DESCANSE NA PAZ DE DEUS


Hoje morreu a metade da minha alma... lentamente. Minha avó soube ser pai e mãe ao mesmo tempo perfeitamente. (Alex Contente)

domingo, 3 de agosto de 2014

UMA LUA CHAMADA DONA VERA

Vó, mãe, pai.
Meu espaço de todo esplendor.
Que sejas uma Lua para
que possas brilhar nos
caminhos por onde estou e vou...

(Alex Contente)

BEIJO DE VÓ, BEIJINHO DOCE

Minha vó, é uma grande pena constatar que quase sempre as maneiras simples são vistas como indício de pouco valor. Beijo bom é beijo sem pressa; beijo bom é beijo que você não consegue interromper nem que quisesse. A vida fica muito mais fácil onde estão os beijos de que precisamos. Eu falo muito, a senhora beija muito; então, enfim, com seu beijo decidir não ficar mais triste.
Teu neto Alex Contente

sábado, 2 de agosto de 2014

BRINCADEIRA DE CRIANÇA




Brinquei muito quando criança. Gostava de brincar de pira alta, esconde esconde, pula corda, futebol de botão, cabra-cega, garrafão, esconde-esconde, amarelinha, adoleta. Era o maior barato. Adorava também brincar de bingo, marcando as cartelas com caroços de feijão ou milho, simplesmente achava aquilo fantástico.
Era fascinado por Fliperama, queria saber como funcionava todo aquele mecanismo da máquina eletrônica e desvendar todos os macetes para zerar o jogo, mas nunca tinha dinheiro para a tal façanha. E o mais divertido de tudo isso era saber que eu podia aproveitar ao máximo os brinquedos disponíveis. Ótimas lembranças infantis.




(Alex Contente)

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*19.09.1954      †31.08.2023 Ele não era um amigo. Era um irmão. Que a vida me deu. Daqueles preciosos. E que não passam de 5. Para sempre n...

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