sexta-feira, 24 de maio de 2013

Óia eu aqui, mãe, no blog do tio...

Mãe, como é complicada a matemática da justiça, essa conjugação perversa que me jogou aqui num canto escuro do pensamento. Eis-me aqui sentado, sozinho, olhando para a lente sem graça da máquina digital, na escola onde labuto pelo bom conhecimento, graças às suas preocupações quanto ao meu aprendizado feito a duras penas.
Sabe mãe, esse barulho dos moleques na hora do recreio, o burburinho das correrias, risadas, gritos, me causa arrepios. Mãe, será que eu deixo de lado esse lado chato e saio gritando e brincando todo serelepe como os coleguinhas? Acho que não, melhor não, esses meninos maluquinhos não vão entender mesmo que eu não estou nem um pouco a fim dessa bagunça generalizada.
Ai meu Deus, o que será preciso para que minha mãezinha aceite ter gerado um anjo rebelde? Mas, tenha certeza minha querida e doce mother, meu coração bate com esperança. Sei também que a senhora não quer que eu corra perigo, e, se possível, viva sempre debaixo de suas asinhas; porém, o mundo não permite tanto tempo assim. Não sou eu que digo isso, mãe, é a vida que levanta a poeira e dá as respostas para simples perguntas. Minha mãe, penso que o papai calou-se porque encontrou a felicidade longe de você. Desculpe-me por ter tocado nesse assunto. Mas é o meu pai.
Ah, sim, sei também que queres que eu me comporte de minhas traquinices, pois seu enorme desejo é que, quando crescer, eu fique rico, famoso e feliz para sempre.
Né mesmo mãezinha dona do meu coração?! Eu sou assim mesmo todo derretido e metido...
Te amo!

De seu solícito filhão,
Max Gabriel, o Cacá.

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