Ouvindo o eterno guri Gonzaguinha é quase impossível não ir às lágrimas. Para mim, ele foi mais que Chico Buarque no sentido de representar o povo, seu costumes e linguajar! Chico até flertou com a classe mais pobre em suas músicas, porém sinto que ainda assim foi bem elitista. Já Gonzaguinha foi mais fundo, bem mais ácido e crítico. Era uma navalha na carne nos três planos - social, político e sentimentalista.
Penso que as forças cósmicas nos deram compositores e poetas maravilhosos para que não fôssemos à loucura dentro da imensidão de uma ditadura cruel, de uma elite malfeitora. Gonzaguinha, assim como Gil, Chico, Caetano, Tom, Raul e até o hoje insosso Roberto Carlos (em certos momentos) foram arcanjos que vieram dar-nos as mãos para uma travessia.
A parte mais emocionante do filme do Gonzagão é quando toca a música Com a perna no mundo. Dá pra entender tudo de uma tacada só na cabeça de quem está assistindo. Como uma lição de vida nesse conturbado 'salve-se quem puder', Gonzaguinha soa como remédio. Qual é, né não?!
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