Lembro de uma cena comigo e com o compositor carioca, em 2003, quando ele veio a Belém fazer uma temporada. Já estava sabendo que ele viria à cidade por meio de sua agenda no site. Porém, no esperado dia do show, realizado num teatro, eu estava sem dinheiro para ir vê-lo soltar a voz, e como se sabe, sem dinheiro a nossa alegria fica pela metade. Lembro-me de ter até faltado um dia de trabalho no jornal Diário do Pará, onde eu labutava na época, só para poder ao menos vê-lo passar pela porta do Hilton Hotel, onde ele se hospedou. Coisa de tiete.
Só que o universo é tão maravilhoso que, num sopro, me deu a primeira e única oportunidade de ver o cantor bem de pertinho. Só não deu para pedir autógrafo porque ele (acompanhado de dois seguranças) andou muito rápido em direção a uma van, que o aguardava, mas ainda deu tempo para o poeta de Pérola Negra - de narigão próprio e cabelo rastafári tão expressivos - me cumprimentar com o sinal de paz e amor, com aquela mesma destreza que só ele sabia dá nas suas interpretações.
(Alex Contente)
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
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