sexta-feira, 5 de setembro de 2025

POR QUÊ?


 Por que os sonhos foram feitos pra não viver?


Por que a solidão sempre faz companhia pra lua?


Por que ficar em vez de partir?


Por que é mais fácil achar que a culpa é do outro?


Por que alguma coisa acontece no coração?


Por que a gente sofre?


Por que muita coisa ruim acontece sem parar?


Por que o céu é azul?


Por que a beleza da simplicidade quase não é vista?


Por que se fala muito pouco de amor?


Por que às vezes a gente se sente menos gente?


Por quê? Por quê? Por quê?


poeta Alex Contente 

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

SUAVE VENENO

sempre na minha loucura mais bela

quieto sereno 

melhor relaxar

com pé na terra


tenho febre de aventurar

quem dera sair de mim

em todos os sentidos há dor natural 


em cima do guarda-chuva cada gota dágua que cai faz a saudade chorar



aprender ou mais tentar

sem direção

mares de prazer

estrada deserta

já nem sei


dentro dói viver dramáticos efeitos

faróis de poesia mágica 

a viajar em círculos 


cacos no chão sorriso bobo ferida acesa cicatriz marcante

mesa de bar


a cor de mar celeste tem estrela que nunca se chega ao fim

rio de lençóis 

à luz de velas


numa travessia mundo louco

revolta agonia

demora apavora

uma carona pra lua 


poeta Alex Contente 

quinta-feira, 24 de julho de 2025

VALSA PARA FORTALEZA



Vento no meu rosto

Calçada cheia de gente

A passar e a me ver.


Fortaleza, gosto de você

Gosto de quem gosta

Deste céu, dessa cidade

Dessa gente feliz!!!


poeta Alex Contente

sexta-feira, 4 de julho de 2025

POESIA DE FIM DE NOITE

sinto-me

cético

condenado a lutar

nada me vislumbra 

a não ser a poesia que presta

por ser imprestável 


não guardo remorso 

dentro de mim

expande-se no escuro do céu 

o lado nu oculto da lua

quantas vezes eu a vi?

desejava ter experimentado mais

traduzi o silêncio

que me acompanha

no mar sem fim que é o de escrever

nesse vazio que me laça 

a voz que diz adeus

maresia de um rio

travessia que um dia não

terá mais melodia.


poeta Alex Contente 

sexta-feira, 27 de junho de 2025

A-DEUS, NAVEGADOR

Ele se foi, esbanjando no rosto um expresso alívio. Sem pesar a dor de quilo daquilo do que já lhe era rotina dia a dia. Mas acabou. Pulou fora daqui. Foi pro céu.


Como comandante como sempre foi, enfrentou o barco, o frio, o fio, o rio, e a bola de fogo vista emergindo da água.


Competiu o bom combate mesmo com o silêncio do tédio dos remédios, o mesmo silêncio somado, irado, detonado, raivoso, teimoso, tenebroso da luta diária do viver.


O que dele foi, a saudade vai explicar, às vezes vai inventar, e às vezes também vai descomplicar - o vento na vista, um buraco na lembrança, uma chuva fina de cada sonho de recordação.


O corpo fraco, inerte, descansou na tristeza de deixar mulher, filhas, netos e bisnetos, ao abandono daquele barco que zarpou e nunca mais vai voltar pro lar. Mudou-se de vez pro outro lado de lá.


Foi embora.


poeta Alex Contente

Apresento-lhes, o navegador 

    A virtude do amor do casal refletida no meio

sábado, 22 de março de 2025

À pirulita (serelepe) encaracolada

Sou Máxia aventureira

Navegando em pensamentos...

De alma sensível

dentes rangendo

sorriso contagiante.

Sou Máxia céu azul lua e flor

estrela-sol de turquesa

cruzei um oceano.

Sou Máxia ontem hoje amanhã.

Até para sempre sou Máxia -

Da mãe

Do pai

Do mano

Da bisa

Da vó 

Do tio

Do pet.

...embarco os sentimentos.

Prazer. Sou Máxia Gabriela

mulher e livro

menina e caderno.

Obrigada.

Sou ela!


poeta Alex Contente

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

CINQUENTA ANOS

(Com cinquenta anos aprendi que ainda tenho que aprender muito. Mais. Muito mais.)


Fazer cinquenta anos é entender que os desenganos também fazem parte da vida mirabolante. E no final tudo vão dar no mesmo lugar, isto é, aqui e agora.

Fazer cinquenta anos é cair de cabeça na infância: bebendo água da chuva e se encharcando de teimosia.

Fazer cinquenta anos é esquecer a ganância; é ir atrás de encontrar um amigo na longa distância.

Fazer cinquenta anos é lembrar o quão estamos cada vez mais longe mesmo estando perto de tudo e de todos.

Fazer cinquenta anos é entender que a juventude é ignorante. E que a virtude pode ser ao mesmo tempo gentil ou rude.

Fazer cinquenta anos é entender que o auge do gozo vem a galope na maturidade.

Fazer cinquenta anos é perceber que os pais quase sempre têm razão: amor e verdade ao velho conselho.

Fazer cinquenta anos é compreender que tudo foi vivido de maneira dividido com muita vontade.

Fazer cinquenta anos é insistir na bondade: fazer o bem vence o mal de alguém.

Fazer cinquenta anos é perceber que o tempo anima e absorve. E que o ritmo do compasso diminui o passo.

Fazer cinquenta anos é saber que quanto mais vai se ganhando, vai se perdendo, sobrando em experiência.

Fazer cinquenta anos é seguir contente. Acertar em cheio. Correr firme. Bem distante da tolice humana.

Fazer cinquenta anos é absorver uma oração, uma razão, uma fé. Deitado ou em pé.

Fazer cinquenta anos é ter a certeza de que tudo isso tem uma explicação: a vida se faz presente!


poeta Alex Contente

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

A-DEUS!

*19.09.1954    †31.08.2023

Ele não era um amigo. Era um irmão. Que a vida me deu. Daqueles preciosos. E que não passam de 5. Para sempre nas lembranças. Meu irmão, João Roberto.

by poeta Alex Contente


terça-feira, 19 de setembro de 2023

19.08.2023

ADEUS, Fortaleza! 
Gratidão por tudo.

Praia de Mundaú
Canindé
Centro Cultural Dragão do Mar






Casarão de Iracema

Praia de Iracema

Bica das Andréias (Pacatuba)

Museu do Caju (Caucaia)

Praia do Cumbuco

Praia da Lagoinha (Paraipaba)

Praia de Iracema

Bica das Andréias

Praia do Japão (Aquiraz)

Serra da Tucunduba (Caucaia)






Museu do Chico Anysio (Maranguape)

domingo, 6 de agosto de 2023

NOVE ANOS SEM SEUS DOCES BEIJOS

Nenhuma força fará lhe esquecer. Dentro da tristeza tem muita saudade hoje. Já diria Vinicius de Moraes, o poetinha - 'a vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida'. Histórias de amor que não morrem nunca... mesmo no frio, sem rio e no meio do fio, amo-te para sempre, minha vó!!!

poeta Alex Contente

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